Embora eu já estivesse de saída, eu reparei a sua chegada, e uma parte de mim pedia pra ficar, mas não, eu sai, coloquei os óculos, achando que um par de lentes escuras, pudesse esconder a atração que eu senti ao te ver, o coloquei em meu rosto, logo me senti mais leve. Sai em direção a lugar nenhum, mas eu esperava te encontrar, meus passos ficavam cada vez mais largos, eu estava tensa, olhava para os lados, o sol queimava em meus cabelos, mas eu seguia em frente e não ousava olha para atrás, não tinha a minima noção de onde eu estava, mas não me senti perdida em momento algum, eu andava, e estava tão focada naquilo, que não conseguia pensar, não, eu pensei, na minha cabeça surgiu aquele breve pensamento, que não passava de uma pergunta, mas na verdade era um desejo, e viria a ser realidade.
Continuei a caminhar, minha bolsa começou a ficar pesada, a minha cabeça rodava, e então eu senti que era necessário parar, achei uma banca de revistas, comprei uma água, e logo em seguida me acomodei em uma calçada qualquer, fechei os meus olhos, tentava relaxar, mas ao mesmo tempo estava alerta a tudo ao meu redor, me levantei, joguei a garrafa em um lixeiro, procurei por informação, segui, e encontrei um lugar familiar, peguei o celular na minha bolsa e havia algumas chamadas perdidas, pensei em retorná-las, mas eu sinceramente não estava interessada, e segui .
E surgiu em meus pensamentos a súbita vontade de te ver, e de perguntar se uma parte sua também queria sentar comigo e contar as mazelas da vida, mas tive que me concentrar, sinal aberto, recuei, fechou, segui em frente, e na tentativa de voltar aos meus pensamento anteriores, me recordei de todo o proposito de ter saído de casa, eu estava à caça de um presente para uma pessoa especial, ao me recordar, percebi que tinha que me focar naquilo e pronto, fazê-lo, fui, comprei .
A minha obrigação era voltar para casa, mas não, uma parte minha, queria se encontrar com ruas, avenidas, becos e você .
Tive sede de você, mas me contentei com mais uma garrafa de água, o sol baixava, já era um fim de tarde, ventava, e os meu cabelos havia encontrado a sintonia perfeita com o vento, nada me incomodava, eu me sentia divinamente bem, e sorria, sem motivo algum.
Não existia uma bússola com o nome o seu nome, o negócio era te encontrar, mas só se fosse em meus sonhos, peguei o caminho para casa, e tive medo de não te encontrar mais, liguei e desmarquei algo que tinha marcado para fazer mais tarde, cheguei em casa, tomei um banho, e me tranquei em um quarto, eu estava tão desinteressada no que estava fazendo que não tinha percebido que aquele quarto não era o meu, saí, fui até o meu quarto, desliguei a luz, me joguei em minha cama, e tive o proposito de ficar por lá, por alguns dias, senão semanas .
Fecho os olhos, mas de repente a porta do meu quarto se abre, e a luz se acende, só escuto uma voz, Vai passar o dia todo ai é ?
Você dormiu 15 horas direto, minha filha .
Você está bem ?
Agora eu me pergunto, eu estou bem ?
sábado, 31 de outubro de 2009
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continue assim , escrevendo . continue transformando suas atitudes em palavras .
ResponderExcluirgêmea .