domingo, 15 de novembro de 2009

Não sou .

Eu sou como eu sou.
Talvez não o seja, porque eu não o tenha, sou pequena, tenho muita alma, e poucas palavras.
Eu sou o que não quero, o que não prezo.
Sou uma fugitiva da realidade, queria zero e ganhei oitenta, me perdi no meu olhar, e no coração de alguns meninos.
Dancei na chuva, e não molhei nada.
Para me cortar, sangrei.
Saí de foco, perdi o rumo, quebrei a cara.
Derramei o leite, e enxuguei com lágrimas.
Escrevi a minha carta com o teu suor, me perdi.
Me embaracei, me joguei da ponte e encontrei.
Encontrei a tua vida.
Caí na pista, dei de cara com o sol e fiz chover .
Eu sou como eu sou.
Não sou pedra.
Me criei espinho.
Eu sou tua ausência, teus afagos e teus abraços.
Eu sou tua pele, teu cheiro, mas eu não sou você .
Sou você hoje .
Pensei demais, e isso foi um erro.
Não sinto menos, sou de época.
Sou prova, sou escrita, sou densa, tensa, e indecisa .

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